EUA: clima seco deve forçar alta de 3,5% no preço de alimentos em 2014

cana_colheita_plantio_industria (Foto: Ormuzd Alves/Ed.Globo)A escalada dos preços dos alimentos nos Estados Unidos está pesando sobre os consumidores e as companhias que ainda não se recuperaram totalmente da crise econômica. Em meio ao clima seco que atinge importantes regiões produtoras do país, o governo prevê que os alimentos devem ficar 3,5% mais caros neste ano, o maior incremento anual em três anos e acima da média dos últimos 10 anos, de 2,8%. Também deve superar a alta de 1,4% observada em 2013.
Carnes e lácteos são os produtos que mais devem exercer pressão. Anos de estiagem no Texas e na Califórnia reduziram a oferta de animais para abate, enquanto exportações maiores para a Ásia fizeram com que os estoques domésticos minguassem. Mas há também preocupação com frutas, vegetais, açúcar e bebidas. No mercado futuro, as cotações do café arábica renovaram as máximas e já se valorizaram mais de 70% neste ano. As do cacau, 12%, e as do açúcar, 3%.
O motivo para esse avanço expressivo está em países emergentes. No Brasil, uma seca fora de época prejudicou as safras de café e cana-de-açúcar. Um clima adverso também afetou a produção de cacau da África Ocidental. Segundo o governo dos EUA, os preços dos vegetais devem subir 3% neste ano, após alta de 4,7% em 2013, enquanto que os de frutas devem ter ganho de 3,5%, contra 2% no ano passado.
"As coisas estão definitivamente mais caras", comenta Terri Weninger, moradora de Waukesha, em Wisconsin. Mãe de três crianças, ela admite já ter cortado carnes e doces do cardápio doméstico.
Mesmo que a alta de 3,5% se confirme neste ano, ainda assim ficará abaixo de picos recentes. Em 2008, a inflação dos alimentos nos EUA foi de 5,5%, a maior em 18 anos. Em 2011, atingiu os 3,7%. Nesses anos - especialmente em 2008 -, foram os grãos que responderam pela pressão de alta, algo que não deve se repetir em 2014, já que as previsões do Departamento de Agricultura do país (USDA) apontam para safras volumosas.
EmpresasA disparada dos preços dos alimentos também representa um desafio para companhias, restaurantes e revendedores, que terão de balancear quanto do custo poderão passar adiante sem perder clientes em um momento de competição acirrada e margens pequenas. A rede de lanchonetes White Castle Management, por exemplo, informou que seu gasto com carne cresceu 12% em fevereiro na comparação anual e já prevê que em agosto a proteína estará 27% mais cara. De acordo com um porta-voz, a empresa, por ora, vai tentar manter os preços de seu cardápio inalterados.
Já a Fatburger North America, que tem 150 restaurantes globalmente, vai elevar em 5% o preço de seus hambúrgueres no mês que vem, diz Andy Wiederhorn, executivo-chefe da rede. "Os preços continuarão em alta no ano e só devem recuar em meados do ano que vem, quando os estoques devem superar a demanda."
MundoO índice de preços de alimentos calculado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu 5,2 pontos em fevereiro, para 208,1 pontos, o maior salto desde meados de 2012. O movimento, além de surpreender analistas, também inverteu uma tendência de queda observada nos últimos dois anos.
Os temores agora são de que a escalada das cotações dos alimentos afete países menos desenvolvidos. "Para ser honesto, até o mês passado eu achava que o mercado mundial estava bem abastecido. Agora a questão é: as condições climáticas vão ficar piores? Se sim, então devemos ver novas altas nos preços dos alimentos", avalia John Baffes, economista do Banco Mundial.

MB Associados: seca deve comprometer PIB da agropecuária em 2014

josé_roberto_ mendonça_economista_MB_associados (Foto: Raphael Salomão)
O setor agropecuário não deve repetir o mesmo desempenho do ano passado e registrar um crescimento em torno de 3% neste ano. A avaliação foi feita pelo economista José Roberto Mendonça de Barros, diretor da MB Associados, em palestra para empresários e associados à Câmara de Comércio Árabe Brasileira (CCAB), nesta terça-feira (18/3), em São Paulo.
O economista explicou que o resultado de 2013, quando a agropecuária cresceu 7%, pode ser considerado anormal. Foi uma recuperação de um desempenho pior por causa da seca ocorrida em 2011 e que afetou a safra.
“Neste ano, o clima vai ter consequências de novo e tirar um pedaço do crescimento da produção”, disse Mendonça de Barros.
Os efeitos da seca em algumas regiões e do excesso de chuvas em outras levaram a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a revisar suas estimativas para a safra de grãos 2013/2014. No levantamento divulgado no início deste mês, a projeção caiu de 193,5 milhões para 188,7 milhões de toneladas.
O economista acredita em novas revisões, com a produção ficando em 186 milhões, “que ainda é uma excelente safra.” Destacou, no entanto, que um crescimento de 3% neste ano não seria negativo, já que estaria dentro do que o setor costuma registrar.
“Ele não é de grandes saltos nem de grandes quedas a não ser quando há problemas de clima. Crescer de 3% a 4% é excelente porque a agropecuária se move mais lentamente mesmo”, disse.
Mendonça de Barros lembrou também que o desempenho estaria acima do projetado pela para a economia brasileira como um todo. A expectativa é de alta de 1,6%. Na avaliação dele, a agropecuária vai ter um efeito significativo no PIB, já que tem um importante peso na balança comercial e em parte da demanda da indústria.
Apesar dos problemas na produção, ele acredita que a renda gerada pelo setor agropecuário, de uma forma geral, deve ser manter positiva. Segundo o economista, os preços subiram no mercado externo e interno, o que deve manter elevada a receita gerada pelo agronegócio.
“Em termos de renda agrícola e bem estar dos agricultores, em média, vai ser muito bom. A não ser em propriedades com grandes perdas. Mas tem que se levar em conta que o PIB mede o efeito quantidade e a produção vai crescer menos neste ano”, explicou Mendonça de Barros.
Mercado
Durante a palestra, José Roberto Mendonça de Barros destacou que a China deve apresentar um crescimento econômico de 7,5% neste ano. Na avaliação dele, o principal efeito deve ocorrer sobre o setor de infraestrutura, o que traz risco às vendas de minério de ferro do Brasil.
Com relação à demanda por alimentos, ele acredita que deve se manter forte em razão do país ainda ter uma forte dependência do abastecimento externo. “A China continua com problema grave de poluição, escassez de água, de qualidade, falta de terras e tem uma população que ainda é pobre, mas está em uma melhor faixa de renda e quer comer melhor.”

Sobre o mercado interno, o diretor da MB Associados demonstrou otimismo em relação ao setor, apesar de ter uma perspectiva de enfraquecimento da demanda de modo geral. Segundo ele, há uma procura por novas qualidades de produtos pelo consumidor, com reflexos em toda a cadeia produtiva.

“O melhor exemplo disso é o leite. A sofisticação do consumo dos produtos lácteos no varejo leva a uma óbvia demanda para que o produtor de leite produza cada vez mais com melhor qualidade, que é o que está ocorrendo”, explicou o economista.
Fonte: Globo Rural

Características climáticas de Três Marias

Climatologia - Características climáticas


Três Marias - MG 

Estes valores são médias climatológicas calculadas a partir de uma série de 30 anos de dados observados. Com isto, podem-se obter informações sobre as épocas mais chuvosas/secas e quentes/frias na localidade correspondente. 

Mínima, Máxima, e Precipitação em Três MariasMínimaMáximaPrecipitaçãoJANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ816243240060120180240MesesTemperatura(°C)Precipitação(mm)
 

MêsTemperatura Mínima (ºC)Temperatura Máxima (ºC)Precipitação (mm)
Janeiro2028236
Fevereiro2028163
Março1927181
Abril182766
Maio162627
Junho14267
Julho15277
Agosto162910
Setembro193134
Outubro213278
Novembro2029188
Dezembro2028229


Fonte: Clima Tempo 

Tempo na Agricultura

Saber se vai chover muito ou pouco faz toda a diferença na hora de definir quando plantar e colher. A chuva e o calor no tempo e na medida certa são fundamentais para o crescimento, o desenvolvimento e a produtividade da safra. A presença dos fenômenos El Niño e La Niña podem potencializar a sazonalidade e trazer prejuízos ao cultivo agrícola.  Secas prolongadas e geadas são comuns em temporadas afetadas por esses fenômenos e causam quebra de safra, com consequentes prejuízos aos agricultores. No entanto, neste ano estamos em neutralidade e sob essas condições a atenção nas condições do Oceano Atlântico é redobrada, pois repentinas variações acontecem e isso traz também rápidas consequências para a safra.


Previsões precisas do clima com antecedência de até 12 meses antes do tempo podem potencialmente permitir que os agricultores tomem decisões que possam reduzir os impactos indesejados ou tirar proveito de um tempo favorável esperado.


O que fazer?


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É um documento com valor legal que atesta as condições do tempo para uma determinada data e local. Este laudo é elaborado por um meteorologista credenciado pelo CREA, que analisa os dados meteorológicos, imagens de satélite e de radar daquele dia e localidade, e, baseado nesta análise, emite um parecer sobre as condições de tempo que ocorreram.
 

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